Investir em tecnologia é extremamente importante para desenvolver novos produtos, otimizar processos e até mesmo para modernizar as empresas, independentemente do ramo no qual atuem. No entanto, pode ser difícil diferenciar soluções que pareçam bastante similares.
Quando o assunto envolve modelagem de produto e desenho industrial, uma questão sempre surge: Solid Edge ou SolidWorks? Criamos um artigo para tirar essa dúvida, bem como para apresentar um pouco mais dos chamados softwares CAD. Continue a leitura.
O que é um software CAD?
Primeiro, é importante entender o que significa a sigla. Em inglês, CAD se relaciona ao conceito Computer Aided-Design ou, em português, “desenho assistido por computador”. Ele surgiu com a necessidade de unir computação e engenharia.
Assim, passa a haver uma maneira mais eficiente de potencializar os processos de criação e projeto de produtos por meio da tecnologia. Com o passar dos anos, diversos modelos apareceram, cada um com as suas próprias características e interfaces.
A primeira aplicação de soluções computadorizadas para auxiliar os engenheiros e o desenvolvimento de produtos data da década de 1950. Nesta época os profissionais passaram a trabalhar com projeções de vistas, diagramas e tabelas.
Então, já na década seguinte, com o aumento do poderio tecnológico, foram introduzidos imagens e modelos tridimensionais. Com o tempo, o CAD passou a integrar um grupo mais amplo de programas e de processos dedicados à manufatura.
Esse grupo é chamado de CAx e também inclui outras siglas recorrentes no mundo industrial, como PLM (Product Lifecycle Management, que lida com o ciclo de vida útil dos produtos) e PDM (Product Data Management, ou gerenciamento de dados do produto).
O CAD está presente em diversas áreas da engenharia, uma vez que é aplicado tanto no modelamento 2D quanto no 3D. Alguns dos softwares mais conhecidos são os que apresentaremos agora: Solid Edge e SolidWorks.
O que é o Solid Edge?
O Solid Edge é uma solução digital robusta; praticamente um portfólio completo para o desenvolvimento de novos produtos. Conta com uma interface amigável para usuários iniciantes e avançados, intuitiva e bem organizada.
Tal como outras opções — por exemplo, o AutoCAD —, o Solid Edge é uma porta de entrada para a implementação da digitalização em setores da indústria, independentemente do tamanho da empresa.
A sua principal característica é combinar velocidade e simplicidade para modelamentos, como aqueles realizados em 2D ou 3D. Outro diferencial é a sua tecnologia exclusiva, conhecida como Synchronous Technology — não à toa, com essa tecnologia o Solid Edge permite o usuário a projetar com maior eficiência, editar arquivos de outros softwares com maior facilidade e velocidade do que em seus ambientes nativos. Vale destacar alguns diferenciais do portfólio:
- aproveitamento de chapas 2D;
- engenharia reversa;
- gerenciamento otimizado de dados;
- impressão 3D;
- otimização topológica.
- simulação
Além disso, o Solid Edge oferece meios para realizar o seu próprio projeto mecânico 3D, elétrico ou eletrônico. Ele também facilita o trabalho de desenvolver tubulações e até mesmo publicações técnicas.
De forma resumida, podemos dizer que ele é o mais completo sistema híbrido CAD, trabalhando tanto com 2D quanto com 3D. Ele utiliza a tecnologia síncrona para acelerar desenvolvimentos completos de projetos, realizar revisões de engenharia e utilizar dados importados de outros programas.
O que é o SolidWorks?
O SolidWorks é outra solução digital bastante utilizada na indústria. As suas semelhanças com o Edge não se limitam ao nome: ambos lidam com a computação gráfica e com a criação de objetos com modelagem 3D.
A principal aplicação do Works é o atendimento a profissionais de engenharia e desenho industrial, mas ele também é utilizado pelo setor elétrico e até mesmo por profissionais de medicina e construção.
Tal como o Edge, o Works é um exemplo bem-sucedido da tecnologia CAD, com a capacidade de desenho assistido por computador. Ele opera, principalmente, com objetos sólidos, que podem ser modelados para o desenvolvimento de uma variedade de arquivos.
Assim, podemos dizer que o Works utiliza o poder da computação gráfica para a criação de novos projetos. Por meio do software, é possível criar esboços, construir máquinas e até mesmo simular os seus movimentos.
Como se não bastasse, o usuário também consegue criar e inserir animações nos projetos, bem como renderizar os trabalhos de maneira bem realista.
Importante citarmos que o núcleo matemático do Solid Edge e SolidWorks é o Parasolid, outra tecnologia Siemens.
Solid Edge ou SolidWorks — qual é a melhor escolha?
Ambos os sistemas são bem robustos e ideais para a modelagem 3D. Contudo, é possível apontar alguns benefícios que colocam o Solid Edge como a opção mais completa. Um exemplo dessa vantagem é a parametrização de novos sistemas de coordenados e planos, que é bem mais intuitiva, ao contrário do que ocorre com o Works.
Além disso, o Edge oferece comandos mais fluidos e uma interface mais amigável com diferentes tipos de usuário. Isso é muito importante para que os colaboradores não se percam na hora de criar recursos.
Como mencionamos, o Edge trabalha com uma tecnologia síncrona. Na prática, ela permite que as alterações sejam realizadas com mais facilidade, o que otimiza o tempo gasto no desenvolvimento dos projetos.
Capacidade de integração
Algo no qual o SolidWorks deixa a desejar é na incapacidade de se integrar totalmente a outras plataformas de CAD. Enquanto o programa é ótimo para aceitar arquivos de outros sistemas, os próprios arquivos do Works não são compatíveis com muitos outros programas, o que pode ser algo que não impacte em seu negócio no primeiro momento, porém ao pensarmos em expansão para ferramentas de alto nível, pode acabar sendo um problema.
Dessa maneira, fica mais fácil entender outro benefício do Solid Edge. Por meio da tecnologia Synchronous, o usuário consegue editar modelos de peça e montagem em arquivos importados de outras plataformas CAD, como o próprio SolidWorks, assim como outras soluções, por exemplo Creo e Catia.
Isso ocorre sem a necessidade de se conhecer a árvore do modelo, além disso o usuário também consegue utilizar ferramentas de migração para incluir o desenho 2D em um modelo 3D.
Como foi possível ver no artigo, optar por Solid Edge ou SolidWorks pode ser uma tarefa difícil, a princípio. Ambos são bastante eficientes quando o assunto envolve modelagem e desenvolvimento de novos produtos.
Contudo, com a sua capacidade de modelar peças, facilidade de detalhamentos e um completo sistema de análise de elementos finitos (conhecido como CAE), fica mais fácil entender como o Edge vence essa disputa. Ele diminui a necessidade de desenvolver protótipos físicos e permite que os usuários elaborem projetos mais ambiciosos.
Se interessou pelo Solid Edge? Então, saiba mais sobre o software com outra publicação nossa sobre ele.